Perda de colágeno começa cedo e pode ser acelerada com maus hábitos

O colágeno é uma proteína essencial para a estrutura e saúde dos tecidos, fornecendo suporte, elasticidade e firmeza. Estudos indicam que, a partir dos 25 anos, é natural que a produção comece a ser reduzida, contribuindo para o aparecimento de rugas finas e flacidez. No entanto, hábitos nocivos podem acelerar o processo, causando o envelhecimento precoce da pele.

A exposição excessiva ao sol é uma prática que deve ser evitada. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), os raios ultravioleta têm a capacidade de destruir a estrutura do colágeno, prejudicando a sustentação. Por isso, o uso de protetor solar é a recomendação número um dos dermatologistas

A SBD alerta que o consumo exagerado de açúcar também interfere na função do colágeno, o tornando incapaz de se reparar dos danos comuns no envelhecimento. A pele tem necessidades nutricionais, sendo recomendada uma dieta equilibrada, que inclua alimentos ricos em vitamina A, C e E, que têm ação oxidante e estimulam a renovação das células. 

Além de levar à desidratação, a baixa ingestão de água também pode contribuir para a diminuição da produção de colágeno. A bebida renova as fibras colágenas, melhora a circulação e elimina o inchaço causado pela retenção de líquidos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que adultos consumam, pelo menos, dois litros por dia.

Outro hábito que pode acelerar a perda de colágeno é o tabagismo. De acordo com o Ministério da Saúde, o fumo prejudica a capacidade de renovação celular e reduz a produção da proteína em mais de 40%. Pessoas que fumam são mais suscetíveis a terem marcas acentuadas de envelhecimento.

Sinais de que a suplementação pode ser necessária

Além dos benefícios do colágeno para a pele, como firmeza e elasticidade, a proteína é fundamental para a estrutura de cartilagens, tendões e ligamentos presentes nas articulações. Alguns sinais podem indicar a sua perda, como o aparecimento de rugas, flacidez, cabelos e unhas frágeis e dores nas articulações. 

Quando os níveis de colágeno estão muito baixos, a suplementação para a reposição da proteína pode ser uma alternativa. Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad) revelou que, entre 2015 e 2020, foi registrado o aumento de 167% no consumo de colágeno. A ingestão pode acontecer por meio de comprimidos, pó ou cápsulas. 

O Colflex costuma ser indicado. Ele mistura diferentes tipos de colágeno, como o hidrolisado e o tipo II não desnaturado. Entre os efeitos do Colflex Hialu está a manutenção da função articular, a melhora da saúde óssea e a redução de dores e inflamações nas articulações, na cartilagem e nos músculos. Entretanto, a SBD alerta que os suplementos devem ser usados com acompanhamento médico, pois nem todos os pacientes têm indicação para fazer a reposição.

Bom sono e atividades físicas contribuem para a saúde da pele

Estabelecer uma boa rotina de sono auxilia na saúde da pele. No entanto, a OMS estima que 40% dos brasileiros sofrem com algum distúrbio do sono, o que pode corroborar para o envelhecimento precoce da derme.

Durante o sono, o organismo produz hormônios que ajudam na renovação e no rejuvenescimento das células da pele. Quando o padrão de qualidade é baixo, a síntese de melatonina fica alterada e resulta na produção de mais cortisol, conhecido como “hormônio do estresse’’, o que gera uma diminuição na produção de colágeno

A prática de atividades físicas moderadas também promove a renovação celular e melhora a circulação sanguínea. Segundo a dermatologista Patrícia Mafra, integrante da SBD, a musculação é a atividade que traz mais benefícios à aparência do rosto.

Ela explica que, durante esse tipo de treino, são produzidos colágeno e elastina, que deixam a pele mais firme e elástica. Eles fortalecem e regeneram as estruturas que dão tonicidade para a pele, reduzindo o risco de flacidez e o aparecimento de rugas.